5 princípios de tipografia para não designers
O básico do básico que você precisa saber pra entender um pouco desse universo e não passar vergonha.
Pra quem é designer termos como “caixa alta”, “glifo”,“kerning”, “serifa” são tão comuns que fazem parte do nosso dia a dia. Apesar de que a maioria das pessoas acham que são os médicos que possuem termos complexos, não estamos tão atrás assim.
Depois de notar que alguns amigos que não são da área ficam bastante perdidos quando designers sentam numa mesa e começam a falar sobre esse assunto. Resolvi fazer um “mini guia” sobre cinco dos mais conhecidos princípios da tipografia. São termos que podem ajudar bastante novatos na área e mais ainda quem não sabe absolutamente nada sobre.
Na verdade esses cinco princípios se dividem em muitos outros, algo em torno de 25 ou mais, e caso você esteja interessado em aprender mais sobre eles eu recomendo o livro Novos Fundamentos do Design das maravilhosas Ellen Lupton e Jeniffer Cole Phillips que vocês podem encontram na Amazon ou em sebos por ai sem problemas. Vai ser caro? Vai! Paciência.
O conceito de contraste
A ideia de contraste vem da Natureza. Nela a comparação de elementos permite observar diferenças entre si. O que alguns animais usam em seu favor como o Camaleão, por exemplo, que se camufla na floresta para sobreviver ou mesmo animais que podem enxergar a noite para caçar como os felinos.
Já no design e na tipografia esse principio se apresenta em cinco formas: Cor, Tamanho, Peso, Estilo e Proximidade.
1) Cor: Já falamos tanto de cor aqui, mas ainda assim vale ressaltar. Cores nada mais são do que manifestações de comprimentos de onda. Elas são refletidas por objetos e codificadas pela sua retina em informações que são lidas pelo seu cérebro. O filosofo René Descartes estava certo ao dizer que “a nossa interpretação do mundo depende de tudo aquilo que o mundo sensível nos parece” ou foi Platão? Enfim em tipografia é importante você prestar atenção no circulo cromático e ao usar variações de claro e escuro que chamamos de Tom e Sobre tom.
Quer saber mais sobre cores? Clica aqui em baixo:
2) Tamanho: O tamanho da fonte ou o número de pontos dela é o que determina se elas possuem unidade, nesse caso, se possuem o mesmo ou tamanhos consideravelmente maiores. Por exemplo, não posso colocar letras de 18pt em seguida de uma 32pt, mas quando trabalhamos com titulo, texto essa diferença funciona.
3) Peso: Parecido com o contexto de tamanho, mas no caso do peso é o que em editores de texto chamam de Negrito. Em kits completos de fontes temos, no mínimo, sete ou mais variações de peso: Thin, Light, Medium, Regular, Bold e Heavy. Isso é quão “grossa” ou “fina” uma fonte pode ser. No caso para gerar contraste em Tipografia, tamanhos parecidos não funcionam muito bem, diferenças de dois ou mais níveis de peso chegam num resultado agradável.
4) Estilo: Quem usa editores de texto sabe da função itálico, mas saber o momento correto de usá-lo é para poucos. Fontes serifadas, ou com “rabinho” nunca combinam entre si. Usar Times New Roman com Georgia seria uma loucura. Tente variar fontes com e sem serifas. Tipo como os títulos aqui do Medium faz.
5) Proximidade: Que é o mesmo que “espaçamento” ou “kerning”. A questão aqui é o qual próximo uma letra pode estar da outra sem comprometer o entendimento dela. É algo aparentemente simples, mas muito ignorado. O espaço entre as letras, linhas e parágrafos e tão importante que é um dos fundamentos da proposta da Nova Tipografia de Jan Tchishold.
A importância da consistência
Todos esses elementos explicados a seguir ajudam a entender melhor como as coisas podem ser desenhadas e produzidas num projeto gráfico. Existem muito mais coisas como: tipo de fonte, paleta de cores, grid, alinhamento e até mesmo o estilo dos elementos presentes.
Ideias como centralizar o texto, alinhar ou mesmo “espaço negativo” estão aqui na ideia de consistência. Eles funcionam em ideias simples como a de posicionar o texto próximo ao elemento que ele descreve para ligá-los ou mesmo padronizar a distancia entre os elementos e as figuras que o compõem. Assim quando tudo parece estar no lugar certo, podemos dizer que está existe consistência ou está “harmônico”.
É a união de todas elas que define o estilo de um designer. Algo que convenhamos ficou meio de lado na era Freepik onde tudo é meio parecido.
Mas essa também fica pra uma outra vez.
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